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Nesta imagem, toda a arte de Ticiano está na sutil personificação de um tema religioso. A Virgem Maria era muitas vezes retratada com um vestido vermelho, casaco azul e o bebê Jesus nos braços, para que até um espectador não iniciado possa reconhecê-los facilmente, bem como identificar outros personagens e objetos retratados na imagem. Além deles, Ticiano retratou na tela o sagrado mártir Catarina, dando à Madona o bebê e o pastor ao fundo, olhando-os de soslaio pelo canto da foto.
O artista usou uma paleta suave e escura, característica dos criadores do Renascimento. Além disso, de todos os personagens da pintura, Ticiano, nos mínimos detalhes, prescreveu apenas o rosto da Virgem, como se a destacasse.
A ênfase na Virgem é criada devido à sua localização no centro da composição. Ainda assim, o foco principal da gravura é apenas o coelho branco, que se destaca pelo branco como a neve, mesmo contra o fundo da tela branca em que Jesus está envolto.
A Virgem Maria, agachada no pasto para comer frutas, imobiliza delicadamente o coelho com a palma da mão branca e mostra para o bebê ativo, conversando alegremente com braços e pernas.
Santa Catarina o segura nos braços, ajoelhado, como se simbolizasse seu martírio. Na religião cristã, o que é sagrado não pode ser usado com as mãos nuas; portanto, o pano branco que cobre a criança enfatiza a idéia de sua santidade.
A paisagem, coroada por um céu crepuscular pontilhado de listras alaranjadas e azuis, ilustra o sentido idílico da natureza hospitaleira típica de Ticiano na época de seu retorno ao georgismo.
O coelho branco simboliza a pureza da Virgem e o segredo da Encarnação. A maçã é um símbolo do pecado original de Adão e Eva, e as uvas são a expiação de todos os pecados humanos por Cristo durante a crucificação. Ele representa o vinho da Eucaristia e, portanto, o sangue de Cristo sofrendo na cruz. Os morangos aos pés de Santa Catarina são tradicionalmente apresentados como uma das frutas do paraíso, novamente referindo-se à Bíblia.
O símbolo bíblico é a ovelha escondida atrás dos arbustos nesta composição. Nas pinturas religiosas, as ovelhas costumam simbolizar um sacrifício inocente em nome de algo importante. Na maioria das vezes, esse é o sacrifício de Cristo ou dos grandes mártires.
O coelho, que antigamente era considerado capaz de se reproduzir sem relações sexuais, lembra a virgindade da Virgem e a concepção de Cristo sem pecado, sua cor branca indica sua pureza. O pastor com sua flauta se assemelha ao mundo antigo. Pintado ao fundo, lembra um conceito querido dos artistas renascentistas: o cristianismo substituiu essa era de ouro pagã para salvar a humanidade do pecado.
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